Silencioso Heroísmo
Pelo Senhor Doutor João Castro Nunes
Ser o melhor na bola, correr mais,
deixando todos para trás nas pistas,
cartografar estrelas nunca vistas,
girando nos espaços siderais;
conduzir automóveis, aviões,
cada vez mais velozes e potentes,
investigar por dentro as nossas mentes
e vasculhar os nossos corações;
são desde logo acções que nas histórias
da humanidade irão deixar memórias
por sua incontestável importância,
enquanto que, em pesquisa recatada,
pouco ou nada se diz da relevância
da luta contra o cancro entabulada!
...................
Parabéns Senhor Doutor João Castro Nunes
Gostei muito deste seu soneto.
Clarisse Sanches
NO DIA DA INAURAÇÃO DA “EXPOSIÇÃO MEMÓRIA” DE QUADROS
EM 11 DE JUNHO DE 2011
Relativamente a este evento, hoje inaugurado, desejo agradecer à Câmara Municipal de Góis, na pessoa de sua Presidente Senhora Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira a suas amável anuência para se realizar esta exposição de quadros e também ao Sr. Dr. Filipe Carvalho, que desde a primeira hora se dispôs a colaborar comigo neste evento e ainda à Direcção da Cooperativa Silva - Pecuária de Vila Nova do Ceira, que logo se prontificou a ceder uma linda e confortável sala para este evento, da qual sou sócia já há muitos anos. Todavia, foi depois resolvido fazer aqui a exposição, mas não posso deixar de esquecer a sua gentileza, porque os olhos ficaram-me naquela sala que cheguei a ir ver.
Gostaria de fazer isto lá, também, porque guardo saudosas recordações desta Casa que frequentei muitas vezes na infância, visitando a D. Maria dos Prazeres Baeta, e seu filho Dr. Augusto Francisco Cortês que foram eles os meus padrinhos do baptismo e mais ainda porque ficava mesmo em frente da casa onde nasci. Se ainda puder ser, seria muito feliz com isso.
Como me veio este sonho?
A ideia surgiu quando comecei a publicar poemas no Jornal on-line Fri-Luso, dirigido pelo seu director e Amigo Jorge Vicente, radicado na Suiça há muitos anos, mas um grande patriota de Vila Nova de Foz - Côa. Conheci o seu jornal através de um distinto escritor e amigo Humberto Pinho da Silva, de Vila Nova de Gaia, assinante e colaborador do Jornal “O Varzeense”. Estes dois senhores e Amigos, também ficam, dignamente, recordados na exposição tal como a Amiga e poetisa Rosa Silva "Azoriana" dos Açores que lamentou muito não poder vir a Góis, nesta ocasião, dar-me um abraço.
Fica aqui também, perpetuado, por direito próprio, o excelente poeta e Amigo Senhor Prof. Doutor João Castro Nunes, que justificou a sua ausência na inauguração deste evento, dizendo que por motivos de saúde precária não poderia assistir, mas que marcaria a sua presença se ainda lhe fosse possível. Gostaria de o ver cá, pois admirei-o sempre e bastante na arte sublime dos sonetos que elabora muito perfeitos e de sublime inspiração, e que hoje, tão raramente, se veem publicados nos jornais. Era e é um gosto enorme para mim e até uma honra glosar quadras dos seus belíssimos sonetos!
Nesta colecção ficam igualmente lembrados o Poeta Goiense Padre Horácio Nogueira a viver em Paço de Arcos e o Dr. Paulo Ilharco de raiz goiense, também, e neto do saudoso Engenheiro Alvaro Dias Nogueira, este o autor do célebre hino "O Ceira Corre". O meu bem-haja a todos, que tenho como Amigos e poetas de verdade.
É natural que devido também a problemas de saúde tenha esquecido alguém, mas, no final, ainda direi algo, se me for possivel.
Como Jorge Vicente, que aludo em cima, tinha e tem muito jeito para formatações, mandava-me de vez em quando um trabalho meu formatado por ele. Como gostava, comecei eu a tratar do assunto, não tão bem como ele, claro, mas que me dava algum gozo. Ele até dizia, na brincadeira. - Já faz isso muito bem. Espero que não me tire o “emprego”…
Pus mãos à obra e daqui surgiu a ideia de uma exposição. Era para já ter sido apresentada o ano passado, mas não sendo possível e como isto me dava um certo gosto ia trabalhando aos poucos e começaram a surgir mais quadros, chegando a 263.
O trabalho aqui fica para o futuro Museu de Góis, como grata lembrança da Clarisse.
Foi bom estar feito, porque hoje por motivos de saúde, da crise que toca a todos e duma certa ansiedade, faltaria-me a genica e a disposição para este trabalho descrito em forma poética.
Creio que vão gostar. Ficando também a saber como são apreciados os poemas por esse mundo fora, especialmente no Brasil, onde arranjei muitos amigos e Poetas, fazendo-me até membro de uma Academia. Tenho amigos, com quem troco mensagens, nos Açores, no Canadá, na Suíça, e até na Colômbia e no Brasil como já disse, aqui com mais sucesso. Familiares meus, com quem me correspondo, chegaram ainda a convidar-me com muita insistência, para que fosse visitar o Brasil e conhecer a família toda. Agradeci o convite, dizendo que era muito longe…
Tenho no Brasil um livro virtual em Sonetos.com.br muito fácil de ver na Internet. Ainda não há muito tempo o seu Director um muito famoso Poeta Bernardo Trancoso me disse: Ah grande Clarisse, Muitíssimo obrigado e volte sempre.
Participei também, no Brasil, numa Antologia de sonetos em memória do grande poeta Machado de Assis, que segundo o parecer do distinto poeta brasileiro Cláudio Sousa Pereira deveria ter ficado melhor classificado.
Em Amora tornei-me Confrade de uma Confraria Poética e fiz desgarradas com poetas do Brasil, Suíça e nos Açores. No Brasil ajudei o conhecido Professor e Poeta Renã Leite Pontes na arte de metrificação, onde, um seu novo e interessante livro “Diálogos” ficou com um prefácio meu e alguns poemas. Com muito gosto aqui fica recordado em alguns quadros com sonetos que fizemos os dois.
Agradeço a todos a vossa excelentíssima e amável visita, pois sem ela, isto tornar-se-ia monótono e menos interessante.
E é preciso dar alma também à nossa terra. Todas as vilas aqui à volta têm um Museu. Portanto, é necessário começar a pensar na sua edificação. Isso será uma mais valia muito interessante para Góis. E com isto vou ler um soneto que fiz sobre o Museu e deve estar por aí, algures, num quadro.
MUSEU DE GÓIS, PARA QUANDO?
Ter um Museu na terra é grande Bem.
Museu do Ceira ou nome adequado,
Ansiosa por o ver já instalado
Está Alice Sande no Além!
Há obras de valor que Góis já tem
E mais terá o povo arrecadado…
À espera de ver concretizado
Um sonho que dá nome à terra-mãe!
Góis, bem, merece ter o seu Museu,
Memórias que o tempo não varreu
E atestam suas artes, tradições.
É cultura de um povo, já passante,
Exposta ao olhar do visitante
Que gosta de viver recordações!
Abraços com a minha sincera Amizade.
Clarisse Barata Sanches
À boa Amiga e inspirada poetisa Rosa Maria Silva, "Azoriana" felicitando-a pela pelicitação deste seu interessante livro de recordações "Serreta na intimidade" (prosa e poesia), com muito apreço e admiração:
O livro “Serreta na intimidade”
Que li com carinho e muito prazer,
É obra querida de muita Saudade
Que a Rosa Maria gostou de escrever.
Da Ilha Terceira, poeta se fez
E o sonho do livro lhe veio à memória.
Honrando a família muito a satisfez
Com fotos bonitas tecendo-lhe história!
Fizemos há tempos uma desgarrada,
“Desgarrada Além-mar”, impressa, engraçada
Que muito nos honra em nossa Amizade!
E agora, também, a aprecio bastante
Em canto que vibra de amor radiante,
No livro “Serreta na Intimidade”!
Clarisse Barata Sanches
Amiga Rosa Maria
Como gosta, por vezes, de contar no seu blogue algo do que lhe acontece na vida, hoje sou eu a desabafar consigo, umas coisas que me surgiram.
Em primeiro lugar, são assuntos de família pouco agradáveis. Tenho um sobrinho e uma sobrinha que estão internados no Hospital em Coimbra. O Fernando não se sentiu bem de noite e abalou no carro e foi internar-se, sem querer incomodar ninguém. A Célia foi com uma dor nos intestinos e está fazendo exames para verem os médicos do que se trata. Que Deus os melhore depressa, que bem precisam.
Gostei de ler e agradeço as suas lindas quadras de agradecimento à 2ª Desgarrada à Portuguesa que lhe mandei e fiz mais o nosso amigo Jorge Vicente, Director do Jornal Fri-Luso e se encontra, como sabe, na Suíça.
O Poeta e nosso amigo Renã Leite Pontes, do Brasil, também gostou e diz que, lá, há igualmente muita injustiça nos mais desfavorecidos da sorte. Vai sair um livro, brevemente, que fez também sobre isso o qual insere um pequeno prefácio meu e alguns poemas.
Ele não tem andado bem de saúde, mas graças a Deus está agora a melhorar um pouco.
Também lhe quero contar o que me aconteceu na compra de dois tinteiros de tinta para a minha impressora. O de cor preta vinha completamente vazio. Logo lá fui e a senhora da Papelaria Radical mo trocou como era seu dever.
Depois precisei de um de cor e quando fui a imprimir, deixava-me os trabalhos descoloridos e manchados. A tinta vinha estragada. Fui imediatamente à referida Papelaria e a senhora disse-me: Não podemos trocar porque ninguém mais se queixou. Saí de lá mal conformada com a sua resposta.
Cheguei a casa e liguei para Coimbra para a Casa Jorinf, onde comprei o meu Computador e também vendem tinteiros. A menina Ana Maria que sabe destas coisas logo me disse: - volte lá que ela é obrigada a dar-lhe outro ou devolver-lhe o dinheiro. Não fui lá, mas liguei para a senhora a contar-lhe o que a menina me disse e ela então muito contrariada, volveu: - Mande-o cá, mas metido dentro da caixa, mas não volto a vender-lhe mais nenhum tinteiro. Lá vai a Judite com ele e até com a prova que vinha lacrado com uma patilha. Várias vezes foi lá a Judite e eu telefonava e ela dizia que ainda não tinha ordens da casa e que nem sabia se atendiam a reclamação. Mais de um mês à espera, até que tive de insistir e então devolveu-me os 33 Euros e tal, de muito má vontade, tornando a dizer, agora, à Judite, que não me vendia mais nenhum tinteiro de tinta… Nem sabe que a lei não admite que se diga e faça isso.
Neste espaço de tempo fui e mandei buscar papel fotográfico, e diziam sempre que não tinham. Também não fez diferença nenhuma. Lá vendiam-me 10 folhas por 5 Euros e eu esta semana comprei em Coimbra 40 folhas de papel de melhor qualidade por seis euros e noventa e oito cêntimos, pelo que não preciso de comprar lá mais nada.
Como a minha amiga Rosa sabe, e eu também sei porque fui comerciante muitos anos, tudo o que temos na loja para venda não pode ser sonegado a ninguém. É uma lei que vigora há muito tempo.
Sabe, ando a tratar de encaixilhar os poemas que acho melhores, nos quais incluo dois nossos, falando também da desgarrada que fizemos as duas, para fazer-se uma exposição e ficarem um dia no Museu de Góis, que todos esperamos seja composto o mais breve possível.
Era isto que eu lhe queria contar. Há gente que não tem nenhuma vocação nem simpatia para o comércio. Deviam mudar de actividade.
Desejo-lhe a melhor saúde e para toda a família e muita inspiração para versejar.
Um abraço
Clarisse Barata Sanches
Por Dr.ª Maria Leonarda Tavares - publicado no jornal “A Comarca de Arganil” de 14 de Janeiro de 2009.
Clarisse Barata Sanches e a açoriana Rosa Silva apresentaram recentemente o livro Desgarrada de Além-Mar.
Para além do valor poético, é um trabalho que prima pela singularidade. Aproveitaram as novas tecnologias para fazerem uma desgarrada composta por quinhentas quadras.
Esta nova forma de versejar acontece entre Góis e Angra do Heroísmo. Duas mulheres encontram-se na Internet e quadra para lá e quadra para cá, contam as suas vidas e a das suas terras, a cantar, num despique muito inspirado.
As parcerias são saudáveis e purificam as nossas tendências egocêntricas. Dar as mãos é sempre um gesto nobre. Caminhar de mãos dadas sobre a água, só com a leveza dos sonhos.
Porém, o rio Ceira mergulhado na grandeza do mar, já tocou Angra do Heroísmo e todos os pedaços de terra que, por esse mundo, emergem dos oceanos.
Imagino o que ambas se divertiram com esta desgarrada. A alegria que preencheu as suas vidas e o que permanecerá no coração de cada uma.
Além do mais, a união entre as pessoas é a desejável sensação de harmonia, a gota balsâmica que suaviza as angústias, reais ou inventadas, que nos asfixiam.
Encontraram também o antídoto da solidão. As palavras partilhadas foram boas companheiras, foram aguardadas com a ansiedade saudável das surpresas boas e foram recebidas com a hospitalidade de duas excelentes anfitriãs.
Rosa Silva deu-nos um pedaço de si própria e aproximou-nos dos Açores.
Clarisse Barata Sanches deixou-se embalar nas águas do rio Ceira e levou consigo tudo o que guarda na memória do coração. Voa por aqui e por ali, mas regressa sempre às suas raízes.
Este livro lê-se de um fôlego. Há nele uma faceta lúdica se recrearmos o vaivém das quadras e as distâncias que percorreram.
Não sei se tiveram de enfrentar alguma tempestade, porém encontraram todas um porto seguro. Abrigaram-se nas folhas de um livro.
Foi uma ideia bem portuguesa, bem conseguida e imaginativa.
A Beira-Serra e os Açores fizeram um intercâmbio de tradições, de belezas paisagísticas e de pequenos momentos do dia a dia.
As duas autoras aconchegaram-se neste espaço imenso entre o continente e os Açores.
Permaneceram, tenho a certeza, os afectos e a memória de todas as vivências.
Qual será a próxima desgarrada? Que novo desafio estão dispostas a enfrentar? Surpreendam-se e surpreendam-nos.
Notas:
Muito obrigada Senhora Dr.ª Maria Leonarda Tavares, em meu nome e da minha amiga Rosa Silva, pelas tão amáveis palavras de V.Exª, que nós os duas guardaremos no nosso coração agradecido.
Sim, foi um gozo para ambas consumarmos este desafio que de cem em cem chegámos às quinhentas. Mais faríamos se a crise de impressão não impedisse o desafio das mil quadras que ainda pensámos em as compor. Contudo, é um livrinho engraçado, que fica para sempre na nossa recordação e na memória das nossas terras.
C.B.S.
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Já agora, aproveito para transcrever também um cartãozinho do meu Exmº Amigo e muito conhecido Senhor Dr. Barroso da Fonte digno director do jornal POETAS & TROVADORES, de Guimarães:
Olá Clarisse Sanches! Venho agradecer o seu interessante livro de quadras em parceria com outra talentosa poetisa. Tiveram boa ideia e fizeram um livro original. Parabéns! Faremos referência na próxima ediçãp. Obrigado.
Quem tem a agradecer somos nós, Senhor Dr., por gostar do nosso livrinho “Desgarrada de Além-Mar”, prendinha modesta que nos deu muito gosto presentear os amigos das letras.
Clarisse Barata Sanches
GÓIS E ANGRA DO HEROÍSMO
TENHA CONHECIMENTO DOS COSTUMES, FESTAS E TRADIÇÕES
DESTAS DUAS TERRAS PORTUGUESAS
De o Jornal: "O VARZEENSE" de 15/11/2008
Boa ideia surgiu lá para os lados dos Açores, mais propriamente em Angra do Heroísmo e Góis, quando Clarisse Barata Sanches e Rosa Silva iniciaram um diálogo através da Internet, que a propósito das suas poesias resultou numa iniciativa inédita denominada “Desgarrada de Além-mar”.
Clarisse Barata Sanches apreciando a poesia de Rosa Silva de transbordante inspiração lembraram-se, então, às duas, de fazerem uma desgarrada para memória e assim lançaram um livrinho interessante que abraça o Continente e os Açores, atravessando o mar sob a magia da Poesia, transformada numa desgarrada entre as duas amigas que se conheceram pelo mais moderno meio de comunicação - Internet.
O livro ilustrado com imagens do concelho de Góis e da cidade de Angra do Heroísmo, recorda, em estilo de quadras populares, memórias do Continente e dos Açores, cantadas como uma desgarrada em forma de dueto.
Adoptar esta iniciativa por cá também não seria má ideia. A julgar pelos níveis de iliteracia dos portugueses, pequenas actividades como esta fariam bem ao nosso povo que poderia aproveitar as suas conversas para elaborar poemas em conjunto, dando asas è imaginação e ajudando-se uns aos outros, partilhando ideias e aumentando a cultura do povo português.
(Quinzenário Católico Regionalista de Vila Nova do Ceira)
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DESGARRADA de ALÉM-MAR
Por Isaura Martins de S. João da Boa Vista - Tábua
Clarisse Sanches tem nova faceta:
Fez uma Desgarrada de valores!
E com a Rosa Silva, essa poeta
Conhecida “Azoriana” nos Açores!
Serviu a Internet pra fazer
Um trabalho inédito e emissário…
Quinhentas quadras são, e quem as ver
Achará o livrinho extraordinário!
Seu nome: Desgarrada de Além-Mar,
É de Angra do Heroísmo e Góis também
Com usos, tradições da nossa Beira!
Desgarrada com História há-de ficar.
Em terra que ela abraça mar-além,
Desejosa de ver o Rio Ceira!
Olá, meus Amigos!
Hoje trago notícias frescas.
Aquele retrato último que veio, não era o meu e eu protestei porque sou muito mais bonito. As meninas do Varzeense não deviam pôr-me com aqueles bigodes. Até o Senhor Jornalista Lopes Machado perguntou por mim, em Lisboa, e achou-me mudado…
É uma vergonha dizer, mas continuo a deitar tudo a baixo e as minhas donas dizem que não me podem aturar assim. Mas eu não posso estar parado, até penso que estou a fazer algum trabalho a bem deste País, que daqui a pouco não tem por onde se lhe pegue. Eu também sofro com a crise, não posso comer tanta comida de lata como eu gostaria. Eu sei porque é. O mundo andava ao Deus dará e ninguém fazia contas nem balanços e balancetes. Era como andasse sem rei nem roque… Casa, automóvel, depois já todos gostam de serem doutores, quem não era até dizia que era… as leiras ao abandono, as moças presunçosas de telemóvel na mão, da última geração, com os piercing*s, lustrosos nos lábios e por todo corpo, tatuagens no umbigo para o mostrarem, etc. Na televisão até choram se não ganham o concurso de dança “seminua”, as mesadas, a moda de sair à noite, e fumar o seu cigarrito. Alguns programas surgem no palco com pessoas que violam a moral constantemente, como seja um humor indecente e impróprio para crianças e até jovens. Uma autêntica vergonha, para famílias civilizadas.
As apresentadoras na TV todas vaidosas. Será para isto que temos de pagar de audiovisual 3,42 Euros que vem na conta da luz? Para a outra vez vos conto como se surripia dinheiro aos telespectadores.
A minha dona já reclamou e perguntou para que eram esses milhões que tiram por ano aos consumidores. Responderam que era para o Estado, mas em que estado o puseram! E para onde foi o dinheiro da bolsa rota? Os gestores, e muitos políticos aposentados, com famosos cargos e encargos para todos nós. Certamente que compraram moradias de luxo, barcos de recreio com ele e os pequenos investidores que apostaram no desenvolvimento da Nação, ficaram a ver navios… Não vêm o que aconteceu ao Banco Português de Negócios? O dinheiro fugiu e ninguém sabe ainda em que bolsa caiu…
No dia 25 de outubro a minha poeta e a Judite foram a Lisboa. Como sou endiabrado deixaram-me a cuidado da vizinha Sandra, que de hora a hora vinha ver o que eu já tinha tombado. Mas, por acaso, portei-me bem, pois estava triste por não me terem levado com elas.
Contaram que foram almoçar ao Colombo que só conheço de nome. Aquilo é um colosso enorme e viram-se atrapalhadas para conseguirem uma mesa. Ali num sábado dia de trabalho caseiro, não se percebia crise nenhuma. A fome era combatida com comestíveis vindo do estrangeiro, onde ainda fazem por eles. As serviçais eram quase todas brasileiras. A Judite e a madrinha comeram arroz de pato. A Eng.ª Eunice, bacalhau não sei com quê e a mana Rosa Maria (simpática Jornalista) já nem me lembro.
Nesse dia havia desvio de trânsito em Lisboa e a Senhora Engenheira viu-se atrapalhada para achar a Casa do C. de Góis, que estava a iniciar a sessão, com as individualidades presentes, sobre a efeméride dos 80 anos do Regionalismo Goiense e festa da freguesia de Vila Nova do Ceira. Por motivo de força maior não pôde estar presente a Senhora Dr.ª Lurdes Castanheira, para apresentar o Livro “Rosários de Amor” e até a “Desgarrada de Além-Mar", mas mandando um fax muito interessante que foi lido pela Sr.ª Eng.ª Eunice S. Cabeças. Ah, quero contar uma peripécia gira!
Quando chegaram, a D. Bertilde sempre a correr… veio indicar à minha dona Clarisse, onde devia sentar-se na frente no meio de dois senhores. Um deles levantou-se para a cumprimentar, mas ela não o conheceu bem. Como do outro lado estava um senhor, certamente de categoria, ela disse: eu não conheço o senhor, mas dou-lhe também um beijo… No momento dos Autógrafos ele veio à sua beira para lhe comprar um livro. Ela perguntou-lhe o nome e ele disse: sou o Presidente da Casa da Comarca de Arganil. Quem sabe se foi pela gentileza da minha dona que ele veio adquirir o livro? Sempre é bom sermos amáveis e gentis para com o nosso semelhante…
A minha dona fez o seu discurso de agradecimento À Casa do Concelho de Góis, bem representada pelo seu Presidente José Dias Santos e ADIBER, leu uns versinhos à Várzea, sua linda terra Natal onde nasceu e penso que não fizeram má figura. Havia pouco tempo, pois seguiam-se actuações de vários grupos para a festa programada.
A minha dona Clarisse ficou admirada por o Snr. José do Café, seu colega nas letras, ser um artista autêntico, pois canta e toca que é uma maravilha, dando grande entusiasmo ao grupo de cantares, pelo que lhe manda os seus parabéns. Em tempos idos também houve na Várzea um grande cantador de nome Juvelino, que morreu no Brasil e era irmão da mãe da minha dona Clarisse.
A D. Bertilde andava lá em Lisboa, como uma borboleta para que nada faltasse e tudo decorresse da melhor forma possível.
Em virtude do lanche ainda demorar, ela fez questão de levá-las à copa para provarem uns sonhos deliciosos que ela lá tinha. Não foram capazes de me trazerem um torresmo dos que havia lá também.
Como já quase todos sabem a “Poetisa de Góis…” como lhe chama o distinto escritor Humberto Pinho Silva, levou outro livro que foi feito à pressa em Viseu, ao menos para o mostrar… É muito giro e chama-se “Desgarrada de Além-Mar". Ela mais a Rosa Silva a “Azoriana” dos Açores fizeram aquilo, pela Internet, em três tempos. Tem 500 quadras, não é brincadeira nenhuma. Quem tem Internet pode apreciá-la lá e quem não tem poderá lê-la através das suas autoras. Quem o não faz, mal sabe o que perde. Um facto inédito como nunca se fez no mundo de hoje. A capa e contracapa são espectaculares e o que vem lá dentro é uma delícia…
Eu, como Marquês, fiquei parvo com a habilidade delas num desafio muito engraçado e até de tradições interessantes. Angra do Heroísmo e Góis estão de parabéns!
É verdade que aqui nas nossas terras preferem as revistas cor-de-rosa que põem a nu a vida dos artistas de televisão e teatro, com quem casam, divorciam ou se juntam. Ou vão atrás da propagando dos livros da Rebelo Pinto etc.
Mas estas poetisas sabem fazer humor de forma positiva. Leiam a Desgarrada de Além-Mar, que foi uma pequena Edição e podem não chegar para todos e que, apesar de pequenina, vale mais que uma noite de karaoke… Olhem que até o Senhor Padre Dinis de Coja achou um trabalho muito interessante.
Hoje, não posso contar mais nada. porque a Catarina do Varzeense, que também lá estava em Lisboa e já leu a Desgarrada, a rir-se, não pode dar mais espaço do que este…
Obrigada menina Catarina Se precisar de alguma cunha para alguma Entidade Governamental, eu, como Marquês, talvez possa ajudá-la. Se fosse política arranjava-lhe um ou dois empregos e a ganhar milhões… Hoje quem não tem padrinho morre moiro…
Saudades para todos do
Marquês II
À minha boa Amiga Rosa Maria Silva, Distinta Poetisa e
Artista de informática, com grata estima e viva admiração.
Criei um blog, “Prosa e Poesia”,
Modesto, mas de muita força humana…
Vestido com a “roupa da semana”…
Sem arte, sem enfeites como eu queria!
Pedi algo a Sicrano e a Sicrana…
Davam-me dicas… mas pouco valia,
Até que numa hora e belo dia
Surgiu-me um Anjo em terra Açoriana!
Poeta como eu, “roubei-lhe” rosas
Que tinha no seu Blog, tão Formosas!
E daí fui atraída p’la “Rosinha”.Descobri o seu e-mail, isso valeu,
Que após me conhecer, honra me deu:
E hoje. do seu blogo. sou madrinha!...
Clarisse Barata Sanches - Góis - Portugal
MOTES DE ALEIXO
E
GLOSAS DE CLARISSE
(Usa Ctrl+C p/copiar
e Ctrl+V p/colar
o selo no seu blog)
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