Sábado, 3 de Janeiro de 2009

OS VIRA - LATAS DA MINHA RUA

                              

À Brilhante poetisa CLARISSE SANCHES

Com muito carinho e AMIZADE:

 

Que me desculpem  os leitores (a forma imerecida da dedicatória deste belo soneto), mas foi assim que o Snr. Nelson Fontes escreveu. E  porque o assunto me é muito caro, aqui o deixo transcrito na íntegra: C.B.S.

 

 CLARISSE:

No passeio matinal que todos dias faço,

Esperam-me ao portão três belos cães vadios,

Abandonados, sem dó, por seres gentios,

Cujo carácter, tem esta definição:”Devasso”!

 

São três amores, meigos, com doces feitios,

Pulam, manifestam-se com seu fiel abraço,

Trepam por mim acima, loucos, tolham-me o passo,

Brincam à minha volta em ganidos e rodopios!

 

São eles: REX! KIKAS! E o ladina TIM-TIM,

Meu Deus, tão agradecidos, com nunca vi assim,

Apesar do triste fado tem aqui comer certo!...

 

E, essa gente, que abandonam assim, seus cães,

São maus, frios, são da sociedade charlatães,

Deviam ser, também, deixados à sorte no deserto!

 

        Nelson Fontes Carvalho (Nelfoncar)

                     BELVERDE / AMORA

 

 ---------------------------------------------------------

 

                                      

Apreciei há dias., troca de carinhos igual a esta, entre mãe e filho, que me comoveu muito.Quem sabe com a barriga a pedir alimento e mais ternura nas pessoas . Mas  a ,crise, que nos rodeia, também os atinge a eles.

 

 

                  OS VIRA-LATAS DO MEU BAIRRO

 

Ao meu prezado Amigo e inspirado Poeta Nelson Fontes Carvalho, autor do soneto acima, com muito apreço e a minha gratidão imensa. C.B.S.

 

Que lindo soneto “seu Nelson”, Amigo,

Quis hoje enviar-me que fez aos cãezinhos;

Poemas tão ternos, jamais vi, lhe digo,

Tão cheios de graça e afectos, carinhos!

 

           

São, sim, vira-latas, pois são, coitadinhos

De vê-los na rua, sem casa e abrigo

Também sinto pena da vida de espinhos…

Que passam na terra, lembrando os mendigos!

 

  

 

 

 

Que bom terem pouso. Isso alegra-me a mim,

Saber que os protege de boa vontade.

 

Também por aqui há animais ao desdém…

Dois são muito afáveis: um filho e a mãe:

Amigos que buscam Amor, caridade!

 

Clarisse Barata Sanches  - Góis - Portugal

 


publicado por canticosdabeira às 14:53
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3 comentários:
De Rosa Silva ("Azoriana") a 12 de Janeiro de 2009 às 17:22
Amiga Clarisse,

Adoptei um cachorrinho,
Que é mimoso por carinho
E me assenta muito bem.
Queria, então, que visse,
Como é a sua meiguice
Com o pouco que ora tem.

E com o seu olhar azul,
Atento a Norte e Sul,
Vai chamando a atenção;
P'ra mim é qual bébé,
E se continuar como é
Vai ser um "rapagão".

Não gostava de animais
E dos seus pêlos normais,
Por causa da alergia;
Mas este é mui fofinho,
E quando lhe vi o focinho
Foi tamanha a euforia.

Não terá grandes iguarias,
Nem maiores regalias,
Só coisa que dê pro gasto;
Vai ter o calor do afecto,
Que tem debaixo do teto
E julgo não ser-lhe nefasto.

Beijinhos


De canticosdabeira a 13 de Janeiro de 2009 às 11:43
13/01/2009

Minha boa Amiga Azoriana:

Amiga Rosa Maria
Alegrou-me o coração,
Porque adoptar, hoje em dia,
Um animal de companhia
É uma nobre e linda acção.

Já tem nome o cachorrinho?
E é bonito com certeza.
Mando de Góis um carinho,
Que ele é manso eu adivinho,
Cheio de graça e beleza!

Todos estes animais,
Foram criados por Deus.
São amigos, são leais
E quantas vezes dão ais
Que se ouvem nos altos Céus!

Acarinhe, sim, Amiga
O Cachorrinho ideal,
Confortando-lhe a barriga
E cante-lhe uma cantiga,
Quando andarem no quintal.

A nossa Desgarrada está a ser lida no Rádio Clube de Arganil, todos os Domingos à noite se lèm duas páginas.. O Snr. Abel Fernandes lê por si e eu leio as minhas. Há muita gente a gostar de ouvir. É um programa de Prosa e Poesia. Pena que não ouça aí. Mas eles têm Internet. Gostava de apremnder a declamar alguns versos meus. Vamos ver se sou capaz...
O Sr. Fernando Reis, já não me declama nada. E eu gostava até de cantarolar quadras...

Um abraço e que tudo esteja a correr bem. Já anda a comer nabos e grelos do quintal?
Que maravilha!

A minha Internet anda doente. Amanhá deve vir cá o técnico de Coimbra.
Adeus
beijinhos e para os seus meninos também
Clarisse


De Rosa Silva ("Azoriana") a 14 de Janeiro de 2009 às 10:22
Linda resposta me deu,
Amiga Clarisse de Góis,
Parece que vem do céu
Para alegrar-me depois.

Ele tem nome de Leão,
Já vinha com essa graça,
É muito lindo este cão
Brinca atento ao que se passa.

No quintal nabos e couves,
Já dão para alguns pratos;
'Inda bem que não me ouves
A ralhar é com os gatos.

Com que então a desgarrada,
Anda a fazer euforia,
Na rádio apresentada
Duas páginas num dia.

Ao Domingo é excelente,
É no Dia do Senhor,
Que sabe que esse presente
Nos deu graça e valor.

Agradeço a Arganil
À sua Rádio local,
E à pessoa gentil
Que proclama nosso ideal.

Em sextilha comecei,
Veio resposta em quintilha,
E em quadras acabei
A carta feita na ilha.

Terceira dos meus encantos,
Junto a Góis de Portugal:
Os nossos versos são tantos
Porque o mote é jovial.

Viva, viva a alegria,
Que é fruto da amizade;
E que todos neste dia
Sejam felizes de verdade.

Um abraço nesta hora,
P'ra amiga e afilhada,
E que pela vida fora
Cante alegre a Desgarrada.

Rosa Maria


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De Clarisse Barata Sanches

Rosários de Amor

Dedicatória:
Aos “Rosários de Amor”


Boa amiga Clarisse,
Converti-me aos seus Amores.
São lindos os versos-flores!
Chorei... Queria eu que visse...

Não sei que “frio” me toma,
Ao ler tamanha beleza...
Não é frio, com certeza,
É o amor que me assoma.

Beijadas por andorinhas,
Se fazem as suas linhas,
Com glória, honra em flor.

Solta-se o “Grito de Paz”,
E ninguém mais o desfaz
Nos ”Rosários de Amor”.

Rosa Silva (“Azoriana”)
Angra do Heroísmo
2008/04/07

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