Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2019

Homenagem póstuma - Datas e números

Rosas para o Céu

"Mãe uma rosa mais"

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Domingo, 30 de Dezembro de 2018

Tributo a Góis e seus Poetas, por Renã Pontes

A GÓIS E SEUS POETAS
Era noite de 25 de dezembro de 2018.


Homenagem póstuma aos amigos poetas
goienses João de Castro Nunes 1 (1921- †
17/06/2018) e Clarisse Barata das Neves
Sanches (19/02/1927 † 25/12/2018).

Por Renã Leite Pontes

O legado de Góis e seus Poetas
de gênio indomável e tradição,
sofreu irreparável comoção,
pela morte de seus dois exegetas.

João de Castro Nunes singular
nos deixou em dois mil e dezesseis
e, no dia que nasce o Rei dos Reis,
parte Clarice rumo ao Seu altar.

Sendo o primeiro meu correspondente,
e a nobre Dama minha confidente,
estimo para o céu grande alegria.

Meditando: na faltados dos diletos,
me pergunto quem vai fazer sonetos
tão entranhados de sabedoria?


1 - Ele goiense por casamento, conforme declarava.

QUINARI 2

Meu soneto preferido por João de Castro Nunes.

Por Renã Leite Pontes

Planície que leva ao meu vale amoroso.
Poema perfeito composto pra amante.
Baixada de terra nascida de instante,
bem-feita, a capricho, por Deus dadivoso.

Deus triste da guerra te fez vaporoso;
distante da morte te pôs protegido.
O traje da honra te deu por vestido,
destarte cantado por filho orgulhoso.

Armada do escudo da paz desejada,
embora sem ouro, mas com limpos ares,
forrada de louros, no início da estrada

brilhante, soberba que ensina valores,
sem mar, mas dotada do dom de encantares,
por isto teus filhos te cobrem de amores.


2 - Em Tupi Guarani: Lugar de águas límpidas entre palmeirais.

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Terça-feira, 24 de Fevereiro de 2015

CONSOLAÇÃO

CONSOLAÇÃO
(OLAVO BILAC)

Penso, às vezes, nos sonhos, nos amores,

Que inflamou à distância pelo espaço;

Penso nas ilusões do meu regaço

Levadas pelo vento a alheias dores...

Olavo Bilac

 

GLOSA

Penso, às vezes, nos sonhos, nos amores,

Que voaram de mim espaço fora,

Mesmo assim, me distraem, criadores

De emoções que demoram ir embora.

 

Eram amores caros de outra era

Que inflamei à distância pelo espaço;

Vivi-os numa doce primavera

E a mandar-lhes sonetos num abraço.

 

Penso num tempo casto e não devasso

Como ele hoje é de tanta liberdade;

Penso nas ilusões do meu regaço,

Na vida da família com saudade.

 

Sonho e lembro pessoas tão amigas,

Que foram bons poetas, escritores;

E com eles se foram as cantigas

Levadas pelo vento a alheias dores…

 

Clarisse B. Sanches - Góis Portugal

P. S. Último artigo publicado em vida por D. Clarisse Barata Sanches. Faleceu a 25 de dezembro de 2018 e as cerimónias fúnebres realizaram-se a 27 do mesmo mês. Ler mais aqui...

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Sábado, 31 de Janeiro de 2015

Carta do Marquês. Nov2014

Boa saúde para todos!

 

Antes que a minha dona Clarisse entregue a sua alma a Deus, pois tem andado e anda muito doente, eu tenho de desabafar algo da sua vida poética e não só. Escutem com atenções façam o favor.

1º Quando foi da primeira apresentação da Snrª Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira, para o Município de Góis, foi solicitado uma loja para o efeito, na Rua Conselheiro Dias Ferreira em Góis.

Surgiu Miguel Mourão, pedindo que a minha dona deixasse ligar a luz da casa para a referida loja e que ficasse descansada que a luz lhe seria paga. Passados meses, foi à Câmara de Góis entregar a fatura da EDP ao Senhor Dr. Filipe Carvalho, no valor de 115 Euros. Pois já lá vão cerca de meia dúzia de anos e nada lhe foi restituído. Ela não é rica e a pensão é das mais magrinhas que existem.

2º Quando a poetisa resolveu fazer mais um livro falou com a Presidente da Câmara e o Presidente da Adiber, que tem sido um bom colaborador dos livros da minha dona. O Snr. Dr. Miguel Ventura disse-lhe: Isto está mau, mas algo se há-de arranjar. A Senhora Dr.ª Maria de Lurdes disse: Depois, compro – lhe alguns livros. Sendo pessoas de confiança, pôs-se o nome da Câmara e Adiber no cimo da página como colaboradores, com esta quadra de agradecimento: Amigos, agradecida/ Por uma ajuda bem-vinda/ Dar apoios é dar vida/ A cultura que nos guinda/.

É real dizer-se que todos os outros seguidos, cumpriram com o prometido. Mas a Câmara e Adiber, nem um euro e nem um livro por compra.

3º Após o livro publicado e daí a um tempo, a minha dona Clarisse lembrou em carta à Senhora Presidente do Município de Góis, informando-a que desejava, então fazer a apresentação do seu livro “Motes de Aleixo e Glosas de Clarisse”. Até hoje, a Exmª Senhora não respondeu à sua petição…

Ah SAUDOSO Dr. José Cabeças! Que tanto fez pela divulgação dos livros da Poetisa de Góis!

Este livro, Motes de Aleixo e Glosas de Clarisse, poderá ser modesto, mas no Brasil ele está bastante divulgado! E o prólogo, mesmo, o justifica pelo grande poeta Brasileiro Renã Leite Pontes, que disse, ali.

“Hoje posso dizer que sou um amigo seleto – com grande honra – singular conhecedor da poesia de Clarisse Sanches: reconheço sua rima, seu estilo, vocabulário e traço poético ímpar, em qualquer poema escrito pela autora que é muito admirada e respeitada pelos meus colegas brasileiros.

Finalizo que Góis e Portugal tem o dever de dispensar o devido valor à obra desta autora que levou longe o brilho do Céu e a fertilidade da poesia portuguesa em fábulas, apólogos, éclogas, glosas, paráfrases, intertextos, sonetos decassilábicos, de arte maior e alexandrinos e agora nestas trovas, glosando- ninguém menos que – António Aleixo.

Esta coletânea que Clarisse nos apresenta foi, com certeza, dada por Deus, desde a Pátria do Amor e da Poesia. “Fiat Judicium”.

Renã Leite Pontes

Da Amazónia Brasileira – Acre – Brasil

Marquês

ATENÇÃO

Relativamente a esta Carta do Marquês, quero esclarecer os leitores da verdade. Fui eu, sim, que escrevi esta carta, porque, infelizmente é real. Sou uma pessoa simples e responsável que sempre soube conduzir-se na vida pelo caminho difícil, sim, mas coroado de dignidade. Se não fora isso eu não teria recebido há poucos dias um DIPLOMA de Honra e do Dever e da Arte. Associação IWA, sediada nos Estados Unidos, que comporta já 137 países. Portanto, me responsabilizo do que faço.

 

"Quem não encontra o Bem em quem o tem,

É porque não é bem gente de bem"!

 

Clarisse Barata das Neves Sanches

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Sábado, 2 de Agosto de 2014

LÁGRIMAS OCULTAS

LÁGRIMAS OCULTAS

“Se me ponho a cismar em outras eras”
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me-que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida…

FLORBELA ESPANCA

GLOSA 

“Se me ponho a pensar em outras eras”,
Medito nessa vida, com Saudades
De sonhos encantados e quimeras,
Aonde eu via só felicidades!

 

Hoje choro de penas e de amor
“Em que ri e cantei, em que era querida”,
E via o meu Jesus em cada flor
A decorar no campo, a linda Ermida!

 

Agora, sinto penas e, deveras,
Meu cérebro já cheio de memórias,
" Perece-me que foi noutras esferas”
E que tudo o que digo são histórias!

 

Mas não. Eu via amigos e abraços
A dizerem-me adeus na despedida
A com flores, até, no meu regaço,
Parece-me que foi numa outra Vida.”

Clarisse Barata Sanches - Góis - Portugal

Sem título

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Sábado, 12 de Julho de 2014

PASSANTES DA TERRA

A Terra imensa e tão magnificente,
Em nada nos pertence, enquanto vivos…
Mesmo saudáveis, jovens e ativos,
Somos dela, passantes, simplesmente!

 

Felicidade, Amor, honra influente,
Por mais que sejam bens estimativos,
São todos, eles, dotes fugitivos
Que a morte leva, um dia, de repente!

 

Há quem se julgue rico e proprietário,
Quando muito, será usufrutuário
Dum bem que pensa ter, mas não é seu…

 

A nossa Vida é qual sopro divino,
E porta entreaberta, do destino,
A fazer-nos passagem, rumo ao Céu!

 

Clarisse Barata Sanches – Góis – Portugal

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Domingo, 6 de Julho de 2014

TODA ESTA NOITE UM ROUXINOL CHOROU

"As fêmeas que estão à procura de um companheiro tornam-se extremamente ativas por volta da meia-noite"

 

QUADRA DE FLORBELA ESPANCA

Toda esta noite um rouxinol chorou!
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma de gente,
Tu és, talvez, alguém se que se finou!

FLORBELA ESPANCA

GLOSA

Toda esta noite um rouxinol chorou”
 Chorou e não deixou dormir a gente,
 E só de madrugada se calou;
 Mas porque estava ele descontente?!

 

Abri uma janela, ele cantou,
“Gemeu, rezou, gritou perdidamente!”
Mas, num momento, alegre, se calou
Ao ver a companheira à sua frente!

 

Sem ela, numa noite, impaciente,
Apeteceu-lhe logo ir voar,
“Alma do rouxinol, alma de gente,”
E abala de manhã com o seu par…

 

Andava arreliado o rouxinol
E nesse voo, lindo, ele escutou:
Deixa te de lamúrias, olha o Sol!...
"Tu és, talvez, alguém que se finou!"

 

Clarisse Barata Sanches – Góis

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Quarta-feira, 21 de Maio de 2014

SAUDADES E LEMBRANÇAS

PELO FALECIMENTO DE D. EURICO DIAS NOGUEIRAARCEBISPO EMÉRITO DE BRAGA

D. Eurico Nogueira, Amigo meu,
Se menos escrevia, eu meditei:
Quem sabe se este Amigo aguarda o Céu
Que já teria ganho? Ponderei!...

 

Deixou muitas lembranças que escreveu,
Algumas delas, sim, também guardei;
Dornelas, terra nobre onde nasceu,
Levou-a, sim, na alma, p´lo que sei.

 

Deixa Saudades, que em Braga criou,
E em África viveu, mas não gostou
Do modo da descolonização!...

 

Foi erro e Portugal não foi feliz,
Poderiam ter feito dois “Brasis”
De aberto e generoso coração!...

Clarisse Barata Sanches - Góis - Portugal

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Terça-feira, 15 de Abril de 2014

QUARENTA ANOS DE DEMOCRACIA

 VINTE E CINCO DE ABRIL

        

 Qu´riam vir os militares

 Na Assembleia falar,

                                     Mas porque não há bons ares,

                                     Não podem desabafar…

 

Se quiserem podem vir.

A porta não está fechada,

                                      Mas venham só para ouvir,

                                      A norma, é chucha calada…

 ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Quarenta anos, já, de Democracia,

Foi um dia importante, sim senhor,

Em que brilhou coragem, alegria

E se cantava à Pátria com Amor.

 

Vinte e cinco de Abril um belo dia

Pra se dar à Nação mais um fulgor.

Mas começou a vir desarmonia,

Já com tão poucas honras e louvor!

 

Chegou a Liberdade, a insegurança

E já não sorri, muito, a esperança;

Cravos lindos nas armas, e, entretanto,

 

Hoje meu Portugal, apenas. tem

Ricos demais e pobres sem sem vintém…

Vila Morena, assim, eu já não canto!

 

Clarisse B. Sanches - Góis - Portugal

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Terça-feira, 8 de Abril de 2014

SAUDADES TENHO, SIM, DO NOSSO ESCUDO


Do Escudo tenho, sim, Saudades, visto

Saber, que o Euro compra só, então,

Um cafezinho ou dois, apenas, isto;

E para um chocolate não dá, não.

 

Quem me dera o Escudo em minha mão;

Rendia muito mais que aquele cisco

Do euro que foi nossa perdição

E nem dá pra comermos um petisco.

 

Com Duzentos e tal eu compraria

Comida boa, sim, e me daria

Para comer três dias à vontade…

 

Ai, euro, nossa ruína na carteira

Que não dá pra comprar nada na feira…

Mas, só pra ter do Escudo mais Saudade!

 

Clarisse Barata Sanches - Góis - Portugal 

(Este trabalho fica arquivado, a cores, no meu Álbum de Lembranças 47)

Ver: Album de Lembranças 

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Clarisse Barata Sanches
Mais de 12 livros publicados:

Primeiro livro
Cantei ao Céu e à Terra
1983
(Poesias)

Segundo livro
Gracita Flor da Saudade
1985
(Poesias e Memórias)

Terceiro livro
Luz no Presépio
1985
(Poesias)

Quarto livro
Quadras do Meu Outono
1989
(Poesias)

Quinto livro
Hinos da Tarde
1994
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Sexto livro
Arca de Lembranças
1997
(Memórias)

Sétimo livro
Cartas para o Céu
1998
(Poesias)

Oitavo livro
Góis e Seus Poetas
1999
(Poesias - Antologia)

Nono livro
Góis e Seus Poetas
2000
(Poesias - Antologia)

Décimo livro
Murmúrios do Ceira
2002
(Contos e Narrativas)

Décimo primeiro livro
Sonhos da Alma
2004
(Sonetos)

Décimo segundo livro
Rosários de Amor
2008
(Poesias)

Motes de Aleixo e Glosas de Clarisse

Prosa e Poesia (Pesquisa)

 

De Clarisse Barata Sanches

Rosários de Amor

Dedicatória:
Aos “Rosários de Amor”


Boa amiga Clarisse,
Converti-me aos seus Amores.
São lindos os versos-flores!
Chorei... Queria eu que visse...

Não sei que “frio” me toma,
Ao ler tamanha beleza...
Não é frio, com certeza,
É o amor que me assoma.

Beijadas por andorinhas,
Se fazem as suas linhas,
Com glória, honra em flor.

Solta-se o “Grito de Paz”,
E ninguém mais o desfaz
Nos ”Rosários de Amor”.

Rosa Silva (“Azoriana”)
Angra do Heroísmo
2008/04/07

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